Meu destino desfocado

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América Latina

quarta-feira, 2 de março de 2011

Mudanca de Hostel

Pôr do sol do albergue Lucky Valizas

Dia 6
Ainda em Valizas
Estado: Garganta 90% bem, e eu em paz

Ontem as meninas acabaram não voltando pro hostel pra irmos a Cabo Polonio, e eu fiquei por lá conversando com o Guilak, lendo e escrevendo. Depois de tomada a decisão de  ficar mais três dias em Valizas, comecei a considerar mudar de hostel, por dois motivos simples:
1-      O Hostel Valizas não é o mais barato daqui.
 Isso percebi porque vários viajantes entravam no hostel, perguntavam o preço e saíam. O preço de 32 reais por noite por pessoa não me pareceu muito caro, e quando fiz minha pesquisa pela internet, no Brasil, me pareceu um bom custo/benefício, já que o Hostel fica a uma quadra da praia.O preço talvez tenha sido um grande aliado meu, pessoalmente, porque tendo espantado outros viajantes, me deixou com o hostel praticamente só pra mim.
O quarto onde eu estava hospedada tinha dois beliches e era bem apertado. B. passou apenas uma noite lá, e o resto do tempo ele ficou de meu uso exclusivo, de tal forma que eu tinha total privacidade no meu quarto e podia dormir o quanto quisesse sem ser perturbada (o que, no meu estado de enferma, me caiu como uma luva).
Além de mim, havia mais uma meia dúzia de hóspedes, que foram embora no domingo. Assim, ficamos eu, Guilak e, por um dia, Sofía.

2-      O hostel não é dos melhores.
A excelente localização talvez tenha feito com que os responsáveis pela hospedaria não se importassem em explorar todo o potencial daquele ambiente. O hostel tem um espaço grande, 7 quartos compartilhados, uma cozinha enorme, e um  quintal com redes, cadeiras grandes de madeiras e cadeiras de sol, além de uma varanda com mais redes, cadeiras e pufe. Quanto a área externa não há do que reclamar.
Há também uma área, bem menor, para camping, e um varal (de onde, inclusive, a única baby look que eu trouxe sumiu).


Esses dois fatores me fizeram considerar mudar de hostel. Saí na noite passada com Guilak (ele, pra comer, eu, pra acompanhar), e perguntei se ele conhecia algum outro hostel. Ele me disse que havia passado por 2 antes de ir àquele, e que havia mais baratos. Perguntei por que ele tinha decidido por aquele, ao que ele respondeu que porque tinha mais espaço.

Fiz, então, o checkout essa manhã e com Zeca nas costas (Zeca é minha mochila), mais leve do que antes (não sei quantos quilos pesava aquela baby look...), fui atrás de um hostel. Dei uma volta fenomenal pra cair no “Lucky Valizas”. Entendam: “Fenomenal”para padrões valizeiros. De fato, andei três quadras.

O nome não me era estranho. Lembrava dele das pesquisas online, e ao chegar aqui de cara gostei. Ele é um pouco mais afastado da praia, mas ainda assim, perto. A diferença é que fica num terreno no meio de árvores, com grande espaço pra acampar, e há uma área comum bem grande também. Aqui é bem roots, mas muito mais aconchegante que o outro.
Assim que entrei aqui me lembrei da Maíra. O hostel é cheio de coisas feitas a mão, banquetas feitas de tronco de árvore e porta, cadeiras pintadas e várias coisas fofas.
Deixei minhas coisas no meu quarto (um quarto com 2 beliches, mas aparentemente por enquanto só tem eu), e fui pegar o Rutas Del Sol para Chuy.

Ontem a noite pensei em acordar hoje cedinho e ir a Cabo Polonio. Mas acordei às 9 e resolvi ir amanhã, por conta do sol forte. Assim, aproveitei o tempo e minha saúde boa e peguei o ônibus para Chuy, para comprar um óculos de sol, carregador pro Ipod e ver se encontrava o cabo pra minha máquina.

Algumas pessoas sabem da minha propensão a encontrar pessoas conhecidas, digamos... meio dia na paulista, 6 da tarde na estação da Sé, etc.
Bem, tenho a sensação que esse meu magnetismo não foi deixado na fronteira Brasil-Uruguai, pois ao que o ônibus entrou em Santa Tereza (cidade perto de Chuy, onde há uma fortaleza), vi pela janela os 3 biólogos-ciclistas gaúchos na beira da estrada.
Passei apenas 2 horas em Chuy, e infelizmente não consegui achar o bendito cabo da máquina. Me senti num curta de comédia, indo de freeshop em freeshop, tentando me fazer entender em espanhol, e quinze minutos antes do ônibus saí, encontrei uma loja de lâmpadas e sei lá o que. Entrei, e dei de cara com uma atraente embalagem de cabo USB com uma entrada grande e uma pequenininha. Sabe? Dessas de máquina digital???
Abri um sorriso de dar gosto, e perguntei ao atendente se podia ver se servia na minha máquina.
Não serviu.
Mas eu continuo amando a marca Sony, minha máquina é linda, tirei fotos maravilhosas que, um dia, compartilharei com vocês.

Já tomei banho (frio) no hostel, comi e agora vou deitar, pois amanhã, - oxalá- voy a Cabo Polonio!!

Buenas

Julia



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