Meu destino desfocado

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América Latina

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pucón

Cheguei a Pucón na noite de segunda e tomei um táxi à casa de Carlos, onde eu teria sofá (que, na verdade, é uma cama superconfortável num quarto de hóspedes).
Carlos é um sureño (sulista) de 25 anos, farmacêutico, e que vive em Pucón há apenas 2 semanas. Ele é um amor, super inteligente, e muito interessado pelo couchsurfing. De fato, ele escolheu morar numa casa com um quarto extra para poder receber surfistas.
Enquanto jantávamos conversamos sobre meus passos até chegar lá. Enquanto lhe contava sobre meu amigo francês, com quem desci até a Patagônia, Carlos mexia no computador. De repente  vira a tela pra mim e pergunta: "Esse francês?", me mostrando a seguinte foto, que eu mesma não tinha

Eu entrei em choque e minha cara deve ter sido muito engraçada, pois ele disse que queria ter filmado. Não só Mathieu tinha ficado na mesmíssima casa que eu quatro dias antes de eu chegar, como coincidiu seu último dia com o único dia que Vincent e Alexis também ficaram hospedados na casa de Carlos. Nem acreditei que todos eles se conheceram e que eu os perdi por um dia!
Vulcão Villarica

Na manhã seguinte saí pra caminhar em Pucón e fui presenteada com um céu limpíssimo. Caminhei pela cidade, me comprei Cien anos de Soledad (de Garcia Marques) e um livro de poesia de Neruda e resolvi ficar em casa durante a tarde. A cidade eu já tinha conhecido pela manhã, e não ia fazer nadda turístico porque as  coisas aqui são muito caras (a subida ao vulcão me custaria quase 300 reais). Comprei, no entanto, um pacote turístico para hoje, que, no final das contas, foi um dinheiro meio mal gasto.
O fato é que eu estava interessada em ver uma aldeia Mapuche, índios nativos daqui. Passamos pela aldeia, que na verdade tinha só uma cabana Mapuche, onde no verão os nativos vão, e vendem comida. Mas agora estava fechada.
Passei por Ojos de Caburgua, que foi interessante, e depois, Termas de San Luis, que foi extremamente relaxante.

Voltei a Pucón e vim pro  café onde  há Wifi.
Mathieu me escreveu dizendo que está em Valparaíso e que no mesmo albergue estão Vincent e Alexis (que conheci no Navimag). Eles todos são uns queridos e eu fiquei com a sensação de estar no lugar errado.
Chequei meu e-mails e meu sofá em Santiago lamentou não poder mais me hospedar, mas teria que viajar a trabalho.
O café onde estou é em frente à agência de ônibus.
O meu hábito de ouvir o vento me fez levantar, atravessar a rua e trocar minha passagem. Assim, ao invés de sair a Santiago hoje às 21:45, saio às 19:50 a Valparaíso. E torcerei pra encontrar os meninos lá

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