Meu destino desfocado

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América Latina

domingo, 17 de abril de 2011

A alvorada

Estar num navio por 3 dias pode não parecer muito interessante, sobretudo se esse navio não é um cruzeiro superchique com academia, balada e várias atividades a bordo.  Mas o Navimag é mor legal!
Embarcamos na noite de terça, embora só fôssemos atracar às 6 horas de quarta. Depois de embarcar fui até minha cabine, onde minha mochila já estava, deixei minhas coisas e saí para bater um papo com Alex, um americano que conheci na sala de espera. Subimos para o refeitório, onde já haviam algumas pessoas  acompanhadas de garrafas de vinho, cerveja, pisco e alguma coisa para petiscar.
Sentei  numa mesa cheia de franceses (nacionalidade de maior número no navio),  logo me enturmei e com eles fiquei conversando (em espanhol, porque não quis exibir meu excelente francês) até umas 2 da manhã, quando fui dormir .
Acordei às 7:30 da manhã pra tomar café e ver o amanhecer.










Para minha surpresa, tive um café da manhã como há muito tempo não tinha. Pão, manteiga, leite (com Nescau que eu ainda tinha), iogurte, fruta e queijo. Também foram servidos ovos mexidos, mas eu ainda não estou nesse nível.
No momento em que comprei meu ticket me perguntaram se eu era vegetariana, e disse que mais ou menos, e que comia peixe. Eu realmente estou evitando a carne, como já reportei, e a idéia de ter refeições preparadas para mim me encantou, e queria ter idéia de como seriam as refeições vegetarianas, para depois eu copiar.
Depois da reunião com o capitão fiquei um tempo observando a paisagem e depois voltei pro quarto e dormi até a hora do almoço.
Almocei (um salmão delicioso) e fiquei um tempo conversando com um francês que estava no meu hostel em Calafate, e pra minha surpresa o cara é dançarino de ritmos latinos – e não é gay, aparentemente.
Ficamos um tempão conversando sobre danças e música e a falta que dançar me faz naquele momento era latente. Imagina que em Sampa eu saía pra dançar no mínimo uma vez por semana, e desde que saí do Brasil que não danço – com exceção do francês forrozeiro de La Pedrera.
Escrevi um pouco e voltei pra cabine pra siesta (to começando a gostar da idéia) e acordei a  tempo de ouvir uma palestra sobre as geleiras.
Depois jantei e fiquei conversando com o grupo de franceses, acostumando meu ouvido àquela língua. Também rolou um violaozinho, através do qual eu compartilhei umas 3 músicas brasileiras (que é o que resta na minha memória). Minha voz não saía desde a casa do Pablito no Uruguai, mas acho que ainda levo algum jeito pra coisa, porque recebi elogios e aplausos  :) 
Paul, Emily, eu, Vincent, Camille, Alexis e Alex

eu e Richard, caminhoneiro boliviano muy buena onda!

Louis (alemão) no violão: aiaiaiaii, aiaiai amor, ai mi morena de mi corazón

franceses e eu


O pessoal foi dormir por volta das 3 e eu segui conversando com A. Nosso papo sobre viagens, filosofias de vida, trabalho, música e línguas levou algumas horas, motivo pelo qual as línguas francesas coçavam na manhã seguinte, sustentando rumores de que eu e ele teríamos ficado - o que é  absolutamente mentira.
Não ficamos, mas confesso que o moço me encantou. Não se preocupem, nada de paixões avassaladoras (ao menos não por enquanto :P)

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