Saí ontem de manhã de Puerto Montt e peguei um ônibus até Castro, capital das Ilhas Chiloé.
Chiloé e um arquipélago no sul do Chile, e me interessou vir pra cá porque aqui tem um Parque Nacional que, de acordo com meu guia, é o lugar de onde se pode seguir de perto os passos de Darwin. Claro que isso não me diz muito respeito, mas como eu tomei a decisão de conhecer bem o Chile, resolvi passar pelos lugares que me pareciam mais interessantes.
Cheguei ontem a Castro e não tive vontade de fazer nada. Encontrei um hostel onde pago 6 mil pesos (barato, pois é baixa temporada), que se chama Hostel Entretenido. Peguei um quarto compartido mas onde, na verdade, só tem eu. O quarto tem duas camas, é um quarto super arrumadinho e com cobertores quentinhos, e eu não quis sair daqui pra fazer nada.
Passei o dia da internet, falei com algumas pessoas, escrevi, dormi, fiz depilação e só não pintei as unhas porque não trouxe esmalte.
No fim da tarde fui dar uma volta pela cidade. A arquitetura é interessante, mas eu já havia visto em Puerto Natales e em Puerto Montt. As casas não são construídas com tijolos, mas com madeira, e várias lembram estilo alemão. Em Chiloé as palafitas são famosos, e dando uma caminhada pela avenida costaneira eu pude ver vários, coloridinhos, com roseiras no jardim e barcos ao redor. Foi interessante.
Chiloé tem suas igrejas como patrimônio da humanidade, pois os espanhóis, quando aqui chegaram, construíram igrejas em cada pueblito, e elas são marcas daqui. Não são construções grandiosas e eu não entrei em nenhuma para ver o interior, mas são dignas de nota, sobretudo se consideramos o conjunto.
Ontem só fui caminhar por Castro e não achei grande coisa, mas tem seu charme por ser em uma ilha e ter outras ilhotas próximas.
Hoje não quis ir ao Parque Nacional com uma americana que está hospedada aqui. Não foi por causa dela, claro, eu simplesmente quis dormir até mais tarde (teria que acordar às 8). Acordei 12:30, tomei meu café da manhã sussegada e depois conversei com Sylvia, dona do hostel, sobre o que eu poderia fazer por aqui.
Por sugestão dela peguei um ônibus a Dalcahue, uma cidadezinha a 30 minutos de Castro, que tem uma paisagem bonita e balsas a outras ilhas. De Dalcahue peguei uma balsa, desci e caminhei uns dois quilômetros no acostamento da estrada que levava até umas vilinhas, a 10 km de distância. Andei tranquila, acompanhada ao longo do caminho por um viralata com quem conversava- em espanhol. Ao ver um ponto de ônibus parei, e logo peguei um a Anchao, onde não passei mais de 1 hora, mas comprei uma boina branca feita de lã de ovelha.
Voltei a Castro e descendo no terminal veio um cheiro forte de pipoca. Ontem eu já havia sentido esse cheiro e ficara com isso na cabeça. Fui até o mercado pra comprar pipoca de microondas mas não encontrei. Por sorte vendiam um saco de uns 200g de milho, e essa foi minha escolha.
Voltei pro albergue, tomei um banhão, estourei as pipocas e comecei a assistir um filme online. No momento estou esperando pra ver a continuação do filme (porque nesse site depois de 72 minutos você tem que esperar 60 (ou paga a versão premium, que não vem ao caso).
Acabo de ouvir os sinos da igreja (as 10 da noite), repicarem uma melodia super fofa.
Vou acabar de ver o filme, dormir, e amanhã, se conseguir acordar cedo, vou ao Parque.
Nenhum comentário:
Postar um comentário