Fui descendo a montanha pela estrada pavimentada porque tinha medo de cair. Eu sou extremamente medrosa quando se trata de quedas, por isso não voltei pelas mesmas trilhas que peguei quando subia com os meninos. Minha precaução valeu para a montanha, mas a meio metro da porta do hostel escorreguei na calçada molhada e caí de bunda no chão.
Foi uma caminhada agradável, apesar de muito fria. Tirei algumas fotos na descida e o restante do caminho fui me purificando (por ho’oponopono, um método havaiano de purificação). Quando já chegava perto da cidade, fiz uma promessa. O meu Ipod é tão importante pra mim, que resolvi, se o encontrasse, ficar 2 meses sem comer doce (salvo Nescau no leite).
De manhã eu havia levado sem perceber o Ipod com as roupas para me trocar no banheiro do hostel. Já tinha procurado nas minhas coisas e voltei ao banheiro onde vi que havia esquecido a camiseta com que dormira, e logo vi que tinha esquecido o Ipod junto, e alguém o pegara.
Saí para a caminhada convencida de que eu o perdera e que não iria mais reavê-lo. Havia procurado na bolsa, na mochila, na frasqueira, nos bolsos, em tudo, e não o encontrara.
Pelo caminho tentava me convencer de que eu não o teria deixado no banheiro, que o teria levado de volta ao quarto. Fiquei naquele diálogo interno de “tá tudo bem, você o guardou”, tentando me convencer de que estava dentro do shorts, dentro da mala.
Fiz a promessa e quando cheguei ao albergue não fui desesperada em busca do Ipod. Fiz um leite quente, fui ao banheiro, peguei o computador, procurei o Ipod no armário com cadeado. Nada.
Decidi, então, encontrá-lo, recitei em silêncio a Filosofia do Sucesso, me concentrei e fui procurar novamente. Comecei por minha bolsa (onde já havia procurado 3 vezes) e lá estava ele.
Agora até dia 31 de maio não vou comer doce. E tenho meu Ipod de volta :)
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