Meu destino desfocado

Meu destino desfocado
América Latina

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pit stop em Cuzco

Na manhã seguinte fomos até o hostel buscar nossas coisas, e pra nosso quase desespero, a porta continuava fechada. Novamente, tocamos a campainha, batemos na porta e nada. Fomos tomar café da manhã em frente ao hostel, e enquanto esperávamos o nosso desayuno americano ficar pronto, Vincent continuou tentando- em vão.
Pouco antes do café da manhã ser servido, Vincent voltou e disse que havia uma outra pessoa querendo entrar no hostel pelo mesmo motivo que nós, e então foram falar com os policiais para ver se encontravam o dono. É um  vilarejo pequeno, e acreditamos que todos se conhecem. Não estávamos alterados nem nada, mas nos dirigirmos à polícia parecia a forma mais eficaz de localizar os donos que tinham ido a uma festa na noite anterior e fechado o hostel. Onde estavam de manhã, não sabemos, mas cada um com seus problemas, e todos têm direito de se divertir, não é mesmo?
Os meninos pegaram suas coisas, tomamos café, fizemos o checkout no hostel e fomos até o local de onde saem as vans para Cuzco. Depois de meia hora de espera, iniciamos a linda viagem de volta a Cuzco, onde chegamos pouco antes da 1 da tarde.
Chegando em Cuzco, fomos ao hostel onde tínhamos deixado nossas coisas, deixamos as mochilas enquanto fomos ao terminal de ônibus ver se havia passagem.
Os meninos iam pra Puerto Maldonado, na selva peruana, e eu decidi não ir com eles, pois queria um lugar mais quentinho, se fosse praia, melhor.
Chegamos à terminal e eu não sabia aonde ia. Tinha esquecido meu guia, diário de viagem e mapas no hostel, então fui na sorte: puxei da memória uma cidade que me havia sido sugerida por um colombiano que conheci em Calafate, e fui procurar passagem. A cidade: ICA
Para mim, ICA estava na costa, e eu fiquei feliz da vida em pensar em pegar uma corzinha deitada na praia, pois, afinal, desde o Uruguai que não entro no mar.
Eram 2 da tarde quando comprei a passagem, e o ônibus sairia às 3:30. Tinha tempo suficiente para voltar ao albergue, refazer minha mala e voltar pra terminal. E foi o que fiz. Num fôlego um pouco assoberbado pela incerteza se aquela era a decisão correta, me despedi dos meninos e fui pro terminal, munida de água e comida, para uma viagem que duraria 15 horas.

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