Meu destino desfocado

Meu destino desfocado
América Latina

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Hay fotos!

Dia 6
Valizas, Uruguai
Situaçao: Sem til no teclado (computador do hostel). Bem disposta e animada, garganta abrindo, gripe se foi.

Como é de se imaginar, ainda ñ estou totalmente curada da amigdalite, mas sinto que ela vai me deixar jajá. Hoje acordei melhor, com a garganta mais aberta, e já consegui conversar bem.

Na noite passada, como esperado, saí com B., a artesa uruguaia que estava dividindo quarto comigo. Ela alugou um "rancho", ou uma cabana de praia, de duas brasileiras amigas dela, e vai ficar por lá até o carnaval. À noite fui com ela levar suas coisas, e fiquei encantada. A cabana está na areia, ñ tem eletricidade, é bem simples mas muito aconchegante. Ficamos conversando lá por algum tempo, e, como é de se esperar numa conversa de duas mulheres (ainda mais da nossa idade), caímos sobre o tema "homem". Juro que ñ fui eu quem começou.
Já que resolveu se abrir e falar de suas desventuras como solteira, resolvi fazer uma pergunta que talvez eu leve adiante em todo país por onde eu passar¨
"Como sao os homens uruguaios?"

Sua resposta: Son nabos.

Bom... Obviamente que eu ñ tinha nem idéia do que aquilo significava. Mas a expressao facial e o tom que usou, aliados a palavra que em espanhol também deve ser um vegetal, me deixou claro de que aquilo ñ era exatamente um elogio.

Perguntei o que significava, e ela disse que sao uns tarados. E ñ no bom sentido (e é óbvio que alguns podem levar isso pro bom sentido).

Fomos até a praia, andando num escuro quase total, e de olhar pro céu fiquei extasiada com o que vi. Claro que já tinha visto o céu antes, mas dava pra ver com clareza as diferentes cores que o céu apresenta tarde da noite, com trocentas estrelas e a via láctea deitada ali, tranquila, querendo ser notada.
Depois fomos à mesma casa de empana que eu tinha ido na noite anterior, comemos, demos uma volta na cidade e como tinha esfriado bastante, resolvi voltar pra ñ pegar sereno. Ela foi pro rancho e eu vim dormir.

Dormi muito bem e acordei cedo, as 8 (9 daqui), bem disposta e com bom humor. Já havia decidido ñ ir à praia por causa do sol forte, entao levantei, comi a metade da empanada de doce de leite que havia sobrado da noite anterior, uma maça Y la leche (eu eu ainda acho graça em espanhol leite ser feminino e água, masculino, mas estou me acostumando). Tomei meu café tranquila, fui usar a internet e conversei com a Carolzinha e Gastón, um CS de Montevideo que está em Porto Alegre eestará por esses lados amanha. Ele perguntou meus planos pra essa semana, e eu disse que iria a Punta del Este amanha e depois pra La Pedrera, pro carnaval.

Aparentemente a decisao de alugar uma casa no carnaval em La Pedrera foi corretíssima (o que vai ser confirmado quando eu estiver lá). A todos que falei que vou pra lá me disseram que a cidade é fantástica e que lá se celebra o melhor carnaval do Uruguai. B. adiantou que é muito cheio, o que é de se esperar.

Catarina
G. disse que ñ aconselharia a ninguém ir a Punta del Este. Diz que nos demais países é o que as pessoas mais falam do Uruguai, mas no final das contas, é uma cidade cheia de hotéis 5 estrelas e cassinos aonde a elite argentina, uruguaia e brasileira vai. Ñ exatamente o meu perfil...

Enquanto eu estava deitada numa rede no hostel saiu de um dos quartos uma menina, S., que começou a conversar comigo, falando da cadelinha do hostel, Catarina,  e logo fui com a cara dela, porque me disse que meu espanhol é bom (Gracias, profesora Valéria).  Ficamos conversando um tempao, G., o iraniano, se juntou a nós e por causa dele (veja bem, por causa dele, e nao por minha causa) ela se botou a falar inglês. Ele jà vivera um ano em Montevideo, mas ela estava falando de astronomia e pediu pra ela trocar o espanhol pelo inglês. Quanto a mim, eu estava entendendo bem.
Bom, o papo todo de astronomia surgiu pela noite linda que estava ontem. S. ficou 3 horas na praia e viu umas 6 estrelas cadentes. Ela soube falar o nome de uma porrada de constelaçao, porque no Uruguai eles têm aula de astronomia na escola (aos 14, 15 anos), o que, segundo ela, dá uma visao de mundo diferente daqueles que nao os têm, jà que para nós, as coisas sao limitadas, quando, de fato, o Universo ñ é.

Guilak e Sofía

Caímos no papo de religiao, crenças e me dei conta de que achei outras das minhas, pois no que S. acredita, como eu, é no Universo (e a ele dá-se o nome que quiser: divino, Deus, Buda, anjo da guarda, que se yo).

Um pouco mais tarde chegou B., com seu mate (já comentei que os uruguaios andam com o mate pra cima e pra baixo, muito mais do que vi em Porto Alegre?) e se juntou a nossa conversa. A essa hora Guilak, o iraniano cujo nome eu ñ tinha escrito corretamente antes, ainda estava participando e presente. Acontece que las chicas começaram a falar de homem e de casamento (pois S., 25 anos, está se divorciando de um casamento de 5), ñ sobraram muitos elogios à raça masculina, ao que G. se levantou e foi ouvir música.



Fui almoçar num restaurante e comi Chivitos, uma comida típica uruguaia. O meu eu pedi ao prato (hà a opçao no pao tbm). Fico impressionada com o tamanho dos pratos aqui. Até agora ñ me serviram nada em prato normal, redondo. Consiste em filé de alguma coisa grelhado, com presunto e mussarela, e acompanha batata frita, salada e ovo (esse eu dispensei).

Voltei ao albergue, conversei um pouco com as meninas e resolvi descansar. S. Vai a Cabo Polonio hoje, e decidimos ir com ela, andando pelas dunas. Estamos esperando o sol baixar para começar a caminhar. Há várias opçoes de caminho. B., que conhece bem aqui, sabe de um caminho curto que leva 1:30 hora pelas dunas,e é esse que pegaremos.

Descansei e depois fui até o guiché da companhia de ônibus para trocar minha passagem. Eu já havia comprado uma passagem para amanha daqui a Punta del Este, mas depois de conversar com Gaston e o pessoal daqui do Hostel, resolvi ficar por aqui mesmo. Assim, fico aqui até dia 4, quando, entao, pegarei um onibus para La Pedrera. Aqui há várias praias pra conhecer, como Cabo Polonio, Punta del Diablo e La Paloma, entao talvez eu faça alguma delas nos próximos dias. Estou considerando ir até Chui comprar um cabo pra câmera, mas ainda ñ è nada concreto.

Bueno... Por ora é só. Vou pegar meu caderninho de espanhol e fixar algumas coisas da língua que eu peguei enquanto eu espero as meninas, que estao no rancho da B., virem me buscar.
As fotos que coloquei aqui foram tiradas com o Ipod, por isso sao poucas.

Hasta pronto

Julinha

domingo, 27 de fevereiro de 2011

"Nada como não fazer nada e depois descansar"

Dia 5
Valizas, Uruguai
Situação: Me recuperando da amigdalite. Mais bem disposta e bem tranquila.

A frase acima li numa placa no acervo Mário Quintana e hoje cai como uma luva. Aaté tirrei foto da placa, mas por enquanto nào dá para colocar aqui.
Ontem no fim da tarde deitei pra dormir e chegou uma nova hóspede do hostel, que educadamente me perguntou se eu me incomodava de ela se hospedar no meu quarto.Falei que não, e ao ouvir minha resposta, perguntou o que havia de errado comigo (quem já me ouviu com amigddalite sabe como fica estranha minha voz).
Mais à noite, depois que eu voltara da minha breve volta à rua principal, voltei pra cama. Não tinha muito o que fazer, então resolvi dormir de vez. Pouco depois da meia noite ela entrou no quarto e, como eu ainda estava acordada, ficamos conversando. Por sorte ela gosta muito de falar, e eu entendi bem seu espanhol. Conversamos um tempo, ela ficou encantada com meu Ipod e mais ainda quando viu Paulinho Moska na minha biblioteca de música. Bom..Depois ela saiu para ver uns amigos tocar tambores e eu fui dormir ouvindo música de meditação.
A noite passada foi ruim porque além da garganta que me doía, estava com início de gripe, corisa, nariz entupido e aquela chatice toda. A consequencia disso foi que não conseguia dormir de boca fechada e ronquei, mas claro que só me dei conta porque a certa altura da manhã B. delicadamente tocou meu ombro e pediu para que eu virasse pro outro lado, pois eu estava roncando. Fiquei morrendo de vergonha, mas realmente não tinha o que fazer. Hoje a tarde pedi desculpas, e ela disse que não tinha problema, que ela tem problema pra dormir com barulho. Bom... Eu imagino que tivesse fazendo muito barulho!
Ao acordar depois das 3 fui procurar comida para café da manhã. Comprei um achocolatado pronto uma maçã e meio alfajor caseiro.
Hoje nem cheguei perto da praia. O sol estava muito forte, e mamãe recomenda não ficar debaixo do sol. Assim, fui pra rede e fiquei lendo meu livro até dormir de novo. Acordei, li mais e dormi de novo, até sentir vento frio e levantar pra colocar a única calç;a que trouxe e uma jaqueta. Dormi mais um pouco e acordei umas 6 para almoçar. Nem me dei ao trabalho de sair pra comer. Tinha trazido a salada e a bisteca do almoço de ontem, que deixei na geladeira, então esquentei a bisteca, comi-a com salada e o restante do alfajor.

Enquanto almoçava conversava com B., que é verdadeiramente gente boa. Ela deve ter mais ou menos minha idade, é artesã e mora em Montevideo, mas anda sempre por aqui. Disse que minha escolha de ter vindo a Valizas foi ótima, porque conhece todas as praias de Rocha, e disse que pra quem qeur um lugar sussa, Valizas é o melhor, e é muito bonito.
Pedi para ver as coisas que ela faz e trouxe, e fiquei encantada. Ela faz broches e prendedores de cabelo de cerâmica que ela molda e pinta em casa. Uma mais linda que a outra. Eu me contive em comprar uma fita de cabelo e uma prisilha, pois tenho que considerar o espaço na minha mala.
Agora a noite estou melhor. O nariz já está mais comportado e estou bem disposta. Devo sair mais tarde com B. e G., o iraniano, para tomar alguma coisa (eu, chá, provavelmente).
Agora estou ouvindo um samba, vendo a noite chegar e em breve vou tomar um banho.
Foi um dia muito tranquilo e muito agradável. Vou sair esta noite, que é também minha última aqui.
Buenas noches a todos

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tropecei e caí no Uruguai,

Dia 4

Sábado, 26 de fevereiro de 2011
Valizas, Uruguai
Situação: com uma amigdalite forte, quase não falando, mas Me mantendo otimista. :)

Na noite passada peguei um ônibus da Planalto até Chui, RS. Cheguei lá essa manhã e conheci 4 outras pessoas que estavam no mesmo ônibus que eu.
3 delas viajavam juntas, e se tratavam de 3 estudantes de biologia da UFRGS, que levaram no bagageiro do ônibus, cada um deles, uma bicicleta. Eu estava usando minha camiseta do Couchsurfing, e um deles reparou e comentou que também é do CS. Conversamos um pouco, trocamos contato para quem sabe nos encontrar no carnaval, já que eles também estarão por La Pedrera.
A outra pessoa era R., uma arquiteta gaúcha que me indicou onde era o centro e Chui, e acabamos por irmos juntas. Passei no Banco do Brasil para tirar dinheiro pra trocar por pesos Uruguaios e depois nos encontramos na agência da Rutas del Sol, a duas quadras do BB, onde já era o Uruguai (o que divide os dois paises é o cantero da Avenida Brasil). Foi uma pequena confusão porque, ao chegarmos na agência, queríamos pegar o ônibus às 9:30 (nossos relógios marcavam 8:20) e o atendente nos avisou que teríamos que ir de pé a partir de Punta del Diablo, onde o ônibus então encheria (todas as passagens já estavam compradas). Fui pagar com o cartão e não sei por que o cara não aceitou (tinha uma bandeira do VISA na porta da agência).. Ele disse, então, pra eu ir trocar o dinheiro, que ele mandava o ônibus esperar. Quando olho no relógio da agência, são 9:30 (O horário de verão no Uruguai ainda não acabou), e foi uma correria enorme. Acabei não ficando em Chuí pra fazer compras no free shop.
Em compensação, cheguei por volta do meio dia em Valizas, o qeu foi ótimo, já que pude aproveitar a praia.

Valizas é uma pequena vila de pescadores no distrito de Rocha. Cabanas, casas simples e hippies vendendo artesanato na rua são o pano de fundo dessa Vila agradabilissima.

Depois de deixar minhas coisas no Hostel Valizas (que eu já havia reservado), fui até a praia, que fica a apenas uma quadra do hostel. A paisagem é estonteante por conta das dunas que, se não me engano, ligam Valizas a Cabo Polônio, onde tinha intenção de ir amanhã.

Tinha a intenção, e não sei se ela se sustenta porque estou assumidamente doente. Apesar do antib'tico e do antinflamatório que estou tomando, minha amigdalite não passou - e ouso dizer que até piorou, pois agora sinto dolorido também meu maxilar.

Para minha surpresa, os uruguais têm um ótimo gosto musical. Ao chegar na praia estendi minha canga próximo a um quiosque, onde, assim que deitei, ouvi Vinícius declamar o Soneto da Fidelidade, num dos seus discos ao vivo. Estava preocupada com o que os uruguaios conheciam de música brasileira desde que no ônibus até Valizas o motorista ouvia  "Menina Veneno".

Fiquei um tempo na praia, mas estava muito vento e a areia fina que vinha com as rajadss machucavam. Fui, então caminhar, e parei num ponto mais vazio da praia, onde a areia é mais parecida com a de Santos, batida. Estendi a canga e fiquei tirando algumas fotos. Ao sentar pra tirar fotos do mar, observei a uns 5 metros de mim um rapaz que disfarçadamente olhou pros lados, e como só tinha eu por ali, sentiu-se à vontade para tirar a calça e entrar nu no mar. Fiquei olhando o rapaz,  mas não com olhos eróticos. Fiquei observando a liberdade que ele sentiu ao dar o primeiro mergulho no mar.

Eu, no entanto, só fiquei na areia.

Voltei a andar em direção ao albergue, a quando estava perto, ainda na praia, cruzei com Guilek, um iraniano que conhecera depois que voltara do almoço, também hospedado no albergue. Bati um papo breve com ele no albergue, e depois novamente na praia, mas minha comunicação está comprometida pela minha saúde. Não consigo me fazer entender direito nem em português, quanto mais em espanhol.

 Resolvi parar de falar. Voltei ao albergue, tomei sol na espreguiçadeira disponível, tomei banho e comecei a ler um livro que, obviamente não por acaso, mas sem querer, trouxe comigo do Brasil.

O livro se chama "Macaco, uma jornada para o Oeste" e fora leitura "obrigatória" em alguma etapa do meu curso de mandarim. É um clássico da literatura chinesa, e muito famoso em todo o leste asiático. Na ocasião em que teria que lê-lo, não cosnegui chegar ao final. O livro é cheio de alegorias e fábulas, e não é sempre que eu tenho fôlego pra esse tipo de leitura.

Pois bem. Trouxe esse livro na bolsa por querer entrar em contato com a cultura chinesa, mas não tinha nem idéia do que ele se tratava. Ele é um livro sobre a jornada espiritual até alcançar a iluminação. Talvez na ocasião em que tinha que lê-lo eu não estivesse pronta. Agora a discípula está preparada.

Deitei pra dormir por volta das 6 e acordei depois das 10:30, sem conseguir engolir direito e com corisa. Levantei, senti que a temperatura esfriara bastante, então lancei mão de uma meia-calça grossa e um casaco de frio para ir atrás de uma farmácia para comprar lenços, e também água. Tudo fechado, a não ser barzinhos e restaurantes com música ao vivo, hippies vendando brinco e artesanato debaixo de um céu abençoada com uma escuridão pura e estrelas como as quais eu não via há tempos.Me dei conta de que tinha que jantar (almoçara há 1 da tarde, e já passava das 10), mas estava sem coragem de comer por conta da amigdalite. Sobrara comida do almoço (pedi ensalata mixta y costellas de javali). Sobrou metade da bisteca de porco (que eu descobri o que era só quando o prato chegou) e uma boa quantidade da salada também. Mas ao andar na rua vi uma casa de empanadas e me senti mais inclinada a comer uma fresca, saída do forno. Não conseguiria comer mais que uma, por mais deliciosa que estivesse. Pedi uma de queijo e uma garrafa d'água, que até agora, depois de uma hora, estou esperando perder o gelo pra eu poder, enfim, beber.

Hoje vou ficar pelo hostel, provavelmente vou dormir cedo, Encontrei Guilek novamente, mas já o avisei que agora não dá pra falar MESMO.

Minha intenção de ir a Cabo Polônio está desvanecendo. Na verdade, gostei muito do albergue e talvez amanhã fique descansando por aqui, e concentrando para melhorar

Vou me deitar

Boa noite
Julia

PS:Caso estejam se perguntando das fotos... O meu laptop não está lendo meu cartão de memória e eu nào trouxe o cabo USB. Assim que resolver essa questão coloco as fotos aqui, pois estão lindas.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Meus dias em Porto Alegre- PARTE II

Na quinta a noite cheguei em casa e a moça que divide apartamento com o M. estava lá. Ficamos conversando os três na sala, eles perguntaram do meu dia, e depois M.  se retirou e fiquei conversando com a menina.

Nada é por acaso.

Conversamos durante um tempão, ela também é professora de inglês, e também foi Au Pair, só que nos EUA, por dois anos. Durante nossa conversa ela mencionou que iria pra São Paulo em breve para um encontro da religião dela. Uma que nunca ouvi falar:  União do Vegetal. Percebendo que eu não conhecia, me informou sobre a citada religião de maneira a simplesmente expor do que se trata, sem fazer qualquer tipo de propaganda e sem querer me converter.
Achei a idéia bastante interessante, e se eu fosse inclinada a ter uma religião, talvez essa seja a que mais tem meu perfil.
Na nossa conversa percebi que falávamos a mesma língua em termos de energia, natureza e Leis Universais. É sempre interessante encontrar em lugares inesperados pessoas que têm o que compartilhar comigo sobre um assunto que é de meu grande interesse.

(Abaixo falarei sobre minha parte espiritual. Se não te interessar, pule a parte em verde)
Os que são mais próximos de mim e mais abertos sabem que recentemente comecei a desenvolver minha espiritualidade, que nunca antes fora percebida. Não tenho nenhuma religião (embora seja batizada), mas tenho fé.

Minha fé é aliada fortíssima do meu desenvolvimento espiritual. Provavelmente há alguns anos atrás eu tiraria sarro ou olharia com maus olhos quem me dissesse que estava se desenvolvendo espiritualmente. De quaquer maneira, hoje sei da importância de ter uma fé e ter autoconsciência e autoconhecimento, de modo que se torna mais fácil a jornada do autodesenvolvimento.

Meu ano de 2010 foi um ano que diversos caminhos diferentes me levaram ao mesmo destino: o autodesenvolvimento. Fiz cursos importantes, como o Leader Training do Núcleo Ser e o Despertando na Unidade, no Instituto Mecura, onde também fiz terapia com uma psicóloga e Cirurgia Espiritual.

O curso "Despertando na Unidade" foi particularmente imporante porque me iniciei como Deekshagiver. Sei que pouquíssimas pessoas conhecem o que é, mas não vou utilizar esse post pra explicar. A palavra Deeksha significa "Benção da Unidade", então já podem imaginar que pouca coisa não é. Google it.


O papo com ela foi excelente. As duas percebemos que eu ter começado minha viagem ficando hospedada na casa dela não foi por acaso. Terminamos o papo comigo passando a Deeksha pra ela, que diz ter aberto o peito de uma maneira incrível. Logo depois disso, saí com meu guest para o Weekly Meeting do CS de POA. Conheci algumas pessoas, reencontrei outras que conhecera em São Paulo e Curitiba, e minha exaustão me impediu de ir ao reggae com M.P. Peguei um taxi pra casa e dormi até as 10:30 da manhã de hoje.

Acordei na sexta falando fechado e com a garganta doendo muito. Eu tinha, no entanto (e quem leu a parte roxa do post passado entenderá), que ligar pra  Rutas del Sol, no Uruguai, pra reservar minha passagem pro dia 4.
Obserrve a situação: Eu estavva falando fanho, pelo skype, um espanhol fraco. Ao que me atenderam eu logo falei "Buenos dïas. No hablo español, entonces por favor, no hable tan rápido". A atendente foi bem compreensiva e falou devagar, mas o problema não foi nem eu entendê-la, mas ela me entender com minha voz amigdalítica. Acabou que consegui reservar a poltrona 16 em tal horário no dia 4, com destino a La Pedrera. A única questão é que não sei de onde eu pegarei o ônibus, que sai de Montevideo. Dia 4 estarei partindo de Punta del Este, onde eu pretendia pegar o ônibus, e um uruguaio me disse que era possível pegar no caminho. Acontecee que a primeira atendente, pouco paciente por não estar me entendendo, falou rápido algo como eu ter que pegar o ônibus de San Pablo, pois o ônibus não passaria em Punta. Perguntei, então, como eu faria pra ir de Punta a San Pablo, e ela falou que en la calle" ou "en coche",que agora não me lembro. Quando minha voz voltar ao normar ligo de novo pra confirmar de onde tenho que pegar o ônibus. O importante é pegar esse ônibus.

Sentindo minha garganta naquele estado não tive dúvida: Lancei mão da minha carteirinha do plano de saúde e fui até o ProntoPUC, a emergância da PUCRS, onde felizmente tinha otorrino de plantão pra me atender.

Senti como se tivesse num episódio do Grey's Anatomy. Primeiro que o Pronto Socorro tem ótimas condições, eu fui atendida com muita rapidez e, pelo que é melhor, por um médico loiro gatíssimo. Não bastasse, depois entrou um outro, residente, moreno e... gatíssimo também. Tirei sangue e tomei corticoide na veia, pra melhorar a dor. Não adiantou muito na hora. Tinha que esperar o exame ficar pronto, o que levaria de 2 a 3 horas. Então fui pra rua e vi que do outro lado da Avenida Ipiranga estava o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS. Excepcional. Não sou muito ligada em física nem em biologia, mas tenho que admitir que o museu é muito interessante. Principalmente quando se tem que fazer hora para pegar o resultado do exame de sangue. Almocei, voltei ao PS, peguei a receita do antibiótico e do antinflamatório e voltei pra casa. Estava sem disposição pra ir ao Parque da Redenção e fiquei em casa arrumando minhas coisas e ouvindo música, até a hora que os donos da casa chegaram e conversamos até a hora de eu vir embora.

Agora sáo 03:11 (claro que 11!) da manhã, um jovem adulto da poltrona próxima está ouvindo música techno muito alto e eu vou tentar dormir. O infeliz mosquito da primeira noite teve sua serventia, porque pra noite seguinte comprei protetor de ouvido antiruído e é ele mesmo que vou usar pra dormir.